Diante da dor dos outros

Essa noite eu sonhei com algo muito peculiar.
Eu ia pra NY, pra pegar um johnnie walker de um amigo que morreu. E acabou a história.

Eu comecei a ler o seguinte livro "Diante da dor dos outros" que de um modo geral faz reflexões sobre a fotografia de guerra, imagens que refletem o sofrimento, mas que sua relevância depende de que modo são publicadas e isso determinará o modo como é interpretada.

Em tempos de guerra, essas fotos poderiam estimular a repulsa à guerra, ou sem dúvida poderiam também incentivar a militância maior a favor da república. E talvez não foi para isso que foram feitas? As imagens podem servir para atiçar o ódio contra os inimigos e assim justificar a guerra. Fotógrafos profissionais, fotojornalistas, tendem a pegar ângulo mais cruel a fim de dramatizar ainda mais.

Eu sei que o assunto é atrasado, mas no acontecimento da queda do World Trade Center, emitido quase ao vivo, sofremos um bombardeamento de imagens sobre o ocorrido.
Em resposta à essa tragédia, e ao dilúvio de imagens que resultou dele, ocorreu uma exposição, intitulado como Here is New York, de originais e venda de fotografias.
A exposição tinha como subtítulo "A Democracia de Fotografias", pois toda e qualquer pessoa que tenha tirado fotos relacionadas com a tragédia foi convidada a apresentar as suas imagens à galeria, onde foram digitalizadas, impressas e expostas nas paredes ao lado de trabalhos de fotojornalistas e de outros fotógrafos profissionais.
As fotos foram vendidas ao público por $25, independentemente da sua proveniência. E a renda foi convertida em benefício das milhares de crianças que estão entre as maiores vítimas desta catástrofe.


Muito tempo se passou e agora este projeto continua na web: HERE IS NEW YORK
A intenção é mostrar a maior variedade possível de imagens da maior variedade possível de fontes, acreditando que esse desastres e suas conseqüências, deram um novo período na história, que exige de nós olharmos e pensarmos sobre as imagens de uma maneira nova e original.